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domingo, 22 de agosto de 2010

Vivendo o sonho [Parte 2]

O primeiro jogo foi num domingo de madrugada, às 7h. Não era um incêndio no meu quarto, mas eu tive que acordar. Estádio lotado, a massa cantando e vários jornalistas em campo, fazendo entrevistas pré-jogo. Na verdade, mal tinha os pais dos jogadores (sem os quais ninguém teria como voltar pra casa) e os árbitros. Nas cabines dos narradores, só havia fios e um vazio. Que poético. 
Começa a partida, levamos 1x0, 2x0, 3x0, 4x0, 5x0, 6x0. Mas, quando todos pensávamos que levaríamos o sétimo gol, eis que Tiago, O zagueiro, apareceu. Contra-ataque de velocidade do outro time, o atacante deles correndo em direção ao nosso gol e eu vindo por trás. Foi aí que dei aquele carrinho cinematográfico e coloquei a bola pra fora. O time todo correu em minha direção, os jogadores me levantaram e me jogaram para o alto. Mentira. Eles poderiam ter feito isso, se não estivéssemos ligeiramente atrás no placar. Aliás, é um pouco contraditório eu ter falado em "contra-ataque", já que não me lembro de termos dado pelo nem sequer um chute a gol. Jogo trucando, sabe como é...
No segundo jogo, o triunfo, a vitória. O outro time só apareceu com meia dúzia de jogadores e ganhamos por W.O. Acho que a maior emoção do dia foi eu ter apostado - e ganhado - uma corrida com um companheiro de time. Depois desse jogo, cheguei a pensar que dava pra sermos campeões, afinal, eram os Jogos da ESPERANÇA.
Mas, no terceiro jogo, mantivemos a tradição estabelecida no primeiro jogo e tomamos outra goleada. Pelo menos jogamos melhor, só levamos 5x0. Fiz um pênalti (sem querer) e tivemos uns 2 expulsos. Surpreendentemente, fomos eliminados, com a insuperável campanha de: 3 jogos, 2 derrotas, 1 vitória, 11 gols sofridos, 0 gols feitos e 0 chutes dados. Se valesse o troféu o uniforme mais bonito, teria sido nosso.


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