Páginas

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Que burro, dá zero pra ele!

Por incrível que pareça, eu já fui professor. Não, não é incrível, eu tenho muito a ensinar mesmo nessa vida. Eu tinha 19 anos e fui dar aulas de reforço de português pra cerca de 12 alunos de 5ª série de um colégio particular em que a grande maioria dos meus primos (eu, inclusive) estudaram. No primeiro dia, uma menina gordinha:
- Professor, seu nome é Gustavo, Felipe ou Tiago.
- É Tiago, mas como você sabe?
- Ah, porque sempre quem é branquinho assim e de cabelo liso tem um desses nomes
A menina é quem deveria dar aula. E isso era realmente o que ela pensava, já que ela chegou a perguntar se eu não queria que ela me ensinasse a dar aula. Não respondi nada, não queria ser o sortudo a conhecer um desses alunos que vez ou outra vêm armados pra escola. Ela também bagunçou meu cabelo uma vez. Altamente psicopata.
Um dos meninos tinha o cabelo bagunçado e usava óculos, era um embrião de intelectual. Na verdade, faltava algum parafuso na cabeça dele, porque sua reação quando falei que quem se levantasse iria sair da sala foi, no mínimo, kamikaze:
- Professor, o Senhor falou que vai tirar da sala quem se levantar?
- É.
Então olha isso aqui. Aí levantou e sentou, levantou e sentou, levantou e sentou. Eu, didaticamente:
- Você tem problemas, meu filho?
Como o método ameaça aparentemente não surtiu efeito, adotei o método suborno. Quem não perdesse os 10 pontos com os quais todos começavam, ganhava chicletes. Funcionou, mas tive que chegar com os bolsos cheios de big-big na aula seguinte. Acho que eles só não quebraram tudo na aula anterior porque eu joguei adedonha com eles. Os grandes mestres ensinam na prática.
Tinha também um menino muito parecido com Cirilo, do clássico Carrossel. 


Ele era tão ou mais kamikaze que o nerdzinho. Falei que ia tirar ponto dele porque ele tava conversando. Ele falou que foi porque o tinham chamado de "picolé de asfalto", por isso ele xingou o menino. Eu não quis saber e fui tirar o ponto. Quando ia riscar, ele segurou a caneta. O debate foi sadio e inteligente. Ameacei:
- Oooooolhe!
- Oooooolhe! - ele me imitou.
- Oooooolhe - eu continuei
- Oooooolhe - ele me imitou e riu.
Eu ri também e não deu em nada. 
Acabei não embarcando nesse carrossel por muito tempo. Ah, um dos alunos se chamava "Hadolf". Isso mesmo, de Adolf Hitler. Acho que não preciso falar mais nada.

3 comentários:

Aline ;D disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
morri de ri com esse.
poxa "tio", kd sua moral?
foi deixando no caminho até chegar a escola foi? kkkkkkk

Tihermano disse...

Troquei toda a moral por 30 big big's na lanchonete, Aline hahahaha

Unknown disse...

adolf, com f :)