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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nitroglicerina pura

A coisa mais instável e imprevisível que existe neste planeta não é nitroglicerina pura. Não é Lindsay Lohan, muito menos as placas tectônicas do pacífico. São as baratas voadoras. Como só eu tenho a sorte de encontrá-las aqui em casa e como elas escolhem justo o meu quarto, eu não sei. Só não consigo entender como elas entram, já que são quase do tamanho de uma tartaruga gigante. Devem ter a chave da porta da minha varanda, isso faz mais sentido.
Havia tempo que uma delas tinha entrado aqui. De repente, sem nem avisar, vi aquela coisa cascuda e vingativa andando pela parede, perto da janela. Tremi, coloquei uma faixa vermelha de Rambo na testa e joguei a sandália. Como minha péssima pontaria e o nervosismo dessa experiência de quase-morte andam ao lado nessas horas, é claro que eu errei o arremesso. Mas foi bom, a sandália poderia ter partido ao meio se a acertasse. Tirei coragem de algum lugar e, na segunda tentiva, não enviei nenhum representante, fui pessoalmente junto à parede ceifar a vida daquele ser doce e sereno. 

tá louco

Essa foi uma experiência positiva. Recentemente, eu tava vendo TV de madrugada quando um grande ponto preto surgiu no extremo do meu campo de visão. Qual não foi a minha surpresa quando constatei que uma barata voadora, mais ou menos do tamanho de um gato vestido de barata voadora, surgia na quina do teto. Já que eu não tinha nenhum lança-chamas, tive que improvisar jogando a sandália mesmo. Antes, abri a porta, porque haveria a grande chance de eu precisar sair correndo.
Ela mal esperou e veio andando pelo teto na minha direção, ameaçando abrir as asas. Essa conduta suja dela deveria ser proibida em algum tratado que regulamenta guerras. Ignorei a má-fé dela, joguei a sandália e, por incrível que pareça, errei. Meus amigos, eu não desejo a ninguém essa sensação de quem tem a certeza de que uma barata pré-histórica vai voar na sua cara. Tive calafrios e corri como se não houvesse amanhã. Fui pegar uma vassoura mas, quando voltei pro quarto, cadê ela? Procurei e nada. Eu nem tava vendo nenhum filme de suspense, mas a tensão que fiquei foi até pior. Ainda não a encontrei, por isso tenho que viver olhando por cima do ombro no meu próprio quarto. E olhe que ela tem a chave da minha varanda.

Dedico este post a Catarina, pois minha saudade é maior do que essa barata voadora :)

6 comentários:

Bruno Guimarães disse...

Grande Hugh, compartilho essa angústia com vossa pessoa.

Catarina Gomes disse...

kkkkkkkkkkk É bom saber que o tamanho da saudade é grande!! :D

Anônimo disse...

Thiago, você é muito fresco.

Tihermano disse...

Ok, Anônimo, você deve ser como o garoto da foto: só as baratas querem ser suas amigas :)

JuToze disse...

hahahahahahaha
ainda bem que meu gato come barata. Nojento, eu sei. Mas é útil :)

Anônimo disse...

Oi, pode me chamar de gato.