De vez em quando comemos um danoninho estrago e queremos experimentar um perigo. Dar uma mordida em papel alumínio com aqueeele dente obturado, assistir por meia hora ao programa de Sonia Abrão, andar de bicicleta sem as mãos (utopia pra mim), essas coisas. Mas, quando você já bebeu algumas latinhas de cerveja, sua percepção da realidade pode ficar, digamos assim, meio "super-heroica".
Era um festival de forró organizado pela Prefeitura, há uns 3 anos. Além de ser gratuito, era no mercado da cidade, onde o cheiro de peixe podre dava aquele ar de... de cheiro de peixe podre mesmo. Além disso, o forró era em junho, bem na época de chuvas. A lama rolava solta.
Eram umas 4 horas da manhã e Elba Ramalho - que tem convênio vitalício com a Prefeitura e comemorava seu 90º aniversário - já tinha mostrado toda a sua arte. Eu tava comendo pipoca (camiseta grátis e pipoca não se dispensam) e conversando com um amigo. Esse amigo, por sua vez, tinha encontrado uns amigos e um deles conversava com uma menina. Até aí tudo bem, exceto por seu namorado, ligeiramente ciumento, que deu uma voadora no garoto. Do nada, sem nem avisar. Começou a pancadaria. Além de estar numa posição privilegiada pra assistir ao confronto, eu ainda tinha a pipoca, então que ótima decisão eu havia tomado!
Falei:
- Caramba! - e ofereci pipoca ao meu amigo.
Mas aí, os tais dos aplicadores da lei, vulgo policiais militares, apareceram pra separar a briga. Foram logo entortando o braço do amigo do meu amigo e levando o coitado para um pequeno "sermão prático". Foi aí que eu, um mero estudante de 5º período de Direito na época, dei uns tapinhas no ombro do Policial e falei as 3 palavras mais arriscadas da minha vida:
- Legítima defesa, pô (quase um malandro).
Meus amigos, eu agradeço muito ao Estado de Democrático de Direito por permitir que pessoas com todos os tipos de deficiência - como as auditivas, por exemplo - possam concorrer a cargos públicos. Porque ele só podia ser surdo. Do contrário, o nome desse blog provavelmente seria "Minha enfermeira já contou essa?".
Eram umas 4 horas da manhã e Elba Ramalho - que tem convênio vitalício com a Prefeitura e comemorava seu 90º aniversário - já tinha mostrado toda a sua arte. Eu tava comendo pipoca (camiseta grátis e pipoca não se dispensam) e conversando com um amigo. Esse amigo, por sua vez, tinha encontrado uns amigos e um deles conversava com uma menina. Até aí tudo bem, exceto por seu namorado, ligeiramente ciumento, que deu uma voadora no garoto. Do nada, sem nem avisar. Começou a pancadaria. Além de estar numa posição privilegiada pra assistir ao confronto, eu ainda tinha a pipoca, então que ótima decisão eu havia tomado!
Falei:
- Caramba! - e ofereci pipoca ao meu amigo.
Mas aí, os tais dos aplicadores da lei, vulgo policiais militares, apareceram pra separar a briga. Foram logo entortando o braço do amigo do meu amigo e levando o coitado para um pequeno "sermão prático". Foi aí que eu, um mero estudante de 5º período de Direito na época, dei uns tapinhas no ombro do Policial e falei as 3 palavras mais arriscadas da minha vida:
- Legítima defesa, pô (quase um malandro).
Meus amigos, eu agradeço muito ao Estado de Democrático de Direito por permitir que pessoas com todos os tipos de deficiência - como as auditivas, por exemplo - possam concorrer a cargos públicos. Porque ele só podia ser surdo. Do contrário, o nome desse blog provavelmente seria "Minha enfermeira já contou essa?".
Um comentário:
Pipoca.. engraçado, lembrei de uma outra história. Vai contar essa, pipoqueiro??
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