Eu já me vesti de Fred Flintstone num aniversário, já tive outro das Tartarugas Ninjas, mas nenhum foi igual ao dos 100 pintinhos. Antes que você considere essa a frase mais gay que já ouviu (junto com "estou completando primaveras hoje"), foram literalmente 100 pequenos galináceos. Quando apagaram as luzes para os parabéns, foi um piu, piu, piu que teria deixado Gugu doido.
A proposta daquele aniversário era dar um pintinho de presente para os convidados. Genial. O problema é que sobraram uns 10 ou 15 pintinhos, que tivemos que criar no apartamento em que morávamos. Hoje, eu poderia ser dono de uma grande rede de frango assado, mas a história foi outra. Eu não vi nenhum deles crescer. Aliás, anos depois eu também ganhei pintinhos, mas nunca os vi crescer. Morriam fácil os coitados. Por isso, acabo de constatar que uma das coisas pra fazer ainda nessa vida é criar um pintinho até ele crescer e virar uma galinha. Não vou comê-lo porque não curto muito frango. Vamos envelhecer juntos.
No entanto, ando suspeitando que eu seja parente muito próximo de Benjamin Button. Muita gente pensa que tenho 18, 19 anos. Muita gente mesmo. Quando fui para os Estados Unidos, ano passado, com 22, eu comprava cerveja para os meus amiguinhos com menos de 21. Eu saía do supermercado com uma caixa de 12 latas e as pessoas olhavam pra mim como se eu tivesse assaltado um banco e saído na moral. Era legal.
O cúmulo, mesmo, foi domingo, quando fui num resort na Bahia. Como meus pais e eu íamos só passar o dia com minha irmã, meu cunhado e minha sobrinha, tínhamos que pôr uma pulseira. A mulher achou que eu tivesse menos de 18. Essa mulé tá é doida, meu rei. Falando sério, eu juro que vejo esses olhos sábios e cansados, no espelho, mas não entendo.
Da 6ª série até o meu 1º ano, só fiz festa em pizzarias. Era como se elas fossem os "pintinhos" da minha adolescência (esse texto ficar mais gay a cada parágrafo). Só porque comemorei por 4 anos seguidos, até hoje me perguntam em qual pizzaria vai ser a festa. Hilário.
Este ano, meus pais, meu irmão e eu jantamos pra comemorar os aniversários. No do meu pai, o prato que pedi era gigante e só consegui comer a metade. Não queria desperdiçar, aí falei pra minha mãe que queria "levar pra casa". Fui motivo de chacota. Minha mãe contou pra meu pai e os dois começaram a rir. Que ricos e finos.
Foi um dia de aniversário bom, mas eu quero que o próximo seja louco. Que envolva bolas de fogo, ninjas, cobras, perseguições policiais. Porque, parando aqui pra pensar, acho que o aniversário mais "louco" que já tive foi um que envolveu 100 aves amarelas numa caixa gigante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário