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domingo, 24 de abril de 2011

Quer andar de carro velho?

É, meus fãs e também pessoas que leem este blog, após protestos com garotas peladas nas ruas, cartas ameaçadoras escritas com sangue e peixes podres colocados em cima do capô do meu carro, volto a atualizar este poço de cultura. Este verdadeiro compêndio de inexoráveis lições de vida.
Minha história remonta ao ano passado, quando estava saindo com uma amiguinha. Ela me mandou mensagem perguntando se eu tava a fim de sair e pouco depois da meia-noite passou aqui pra me pegar. Mulher que dirige é legal, especialmente se não é daquelas que ficam na esquerda a 20 km/h. 
Depois de comer, paramos o carro num estacionamento grande e iluminado cuja descrição vai se limitar a isso em nome do amor que tenho à vida e à minha integridade física. Paramos, basicamente, para conversar sobre coisas banais, como o sentido da vida e a migração do dolo e da culpa da culpabilidade para o fato típico com o advento da Teoria Finalista da Ação. Quem dormiu com essa última frase, provoque uma cãimbra que ainda falta um pouco pra eu terminar.
Então. Como fazia (esse tempo verbal foi inapropriado pro lugar em que moro) calor, ela deixou a ignição do carro acionada pra poder ligar o ventilador. Ao mesmo tempo em que o som também tava ligado. Como eu estava entretido na conversa, não percebi. E, pelo visto, a tecnologia veicular do nosso mundo não é tão evoluída assim. Porque depois de cerca de 1 hora e meia, a bateria arriou, veja você. Pelo menos, fui sensato, sincero e otimista quando ela tentou dar a partida e não conseguiu, às 3:30 da manhã:
- Merda, a gente tá ferrado. A GENTE TÁ FERRADO!
- Calma hahaha.
- A gente tá ferradooooo, a gente vai morreeeeeer!
Por sorte, meus conhecimentos vão muito além de atropelar poças de cimento fresco, então eu decidi empurrar. Falei pra ela deixar a segunda marcha engatada e tentar arrancar quando eu gritasse. Empurrei uma, duas vezes e nada. Na terceira, não sei por que milagre, o carro pegou. Ela ficou tão empolgada que saiu gritando "UHUUUU" e, por um momento, achei que fosse me deixar lá. Ela voltou pra me buscar, mas deixou o carro morrer. Aí, meus amigos, eu quase morri também. Empurrei mais uma, duas, três, quatro vezes e nada. Tava mais cansado do que fico depois de correr 6 km. Por isso, eu tive que tomar a última decisão que queria: ligar pro meu irmão. 
O dia tava quase amanhecendo quando ele apareceu. A bateria tava tão morta que foram precisos uns 10 minutos de chupeta (dele, claro) pra pegar de novo. Enquanto descansava, algo pior do que o carro morrer às 3:30 da manhã num lugar deserto passou pela minha cabeça: meu irmão espalhar pra toda a família meu feito.

2 comentários:

Unknown disse...

Ti, você pode entender de linguística, mas de carros é só Diogo mesmo. kkkk

Catarina disse...

Muito complicado esse seu post. Não entendi. AHHH, faltou um em minha homenagem né? Aniversário - 1 de maio...??