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segunda-feira, 19 de julho de 2010

O dia em que sobrevivi


Há uma primeira vez pra tudo nessa vida. Hoje, eu achei que deixaria de ser virgem de mordida de cachorro. Geração saúde que sou, comi meu passatempo recheado com guaraná e fui correr. Tinha dado meu melhor, mostrado pra eles como se faz (hehehe), quando saí da avenida e virei pra vir pra casa. Faltavam uns 3 ou 4 quarteirões, quando ouvi um "au au". Cheguei a pensar: "já pensou se um cachorro corre atrás de mim agora?". E não é que um bostinha aparece latindo? Era tipo esses cachorros-propaganda de vira-lata: preto e branco com um rabo maior do que ele. E rápido, num instante o merdinha colou atrás. Só deu tempo de gritar "filhodaputa" e correr em direção à calçada, procurando algum muro. É claro que não tinha, então inventei uma técnica que pretendo passar adiante: a do esbarrão no portão. Sabe aqueles caras da gincana do Faustão que tinham que escolher as portas certas? Se era a porta boa, eles quebravam o isopor e passavam. Se era ruim, o cara batia e voltava. Foi a porta ruim. Maaaaas, sobrevivi. O viadinho voltou e eu continuei correndo. Sempre, agora.